Quem foi a irma da rainha Elizabeth II
Margaret Rose, foi a filha mais nova do rei Jorge VI do Reino Unido e da rainha Isabel Bowes-Lyon, sendo a única irmã da rainha Isabel II do Reino Unido.
Nasceu em 21 de agosto de 1930, no Castelo de Glamis, na Escócia. Seu pai era o príncipe Alberto, Duque de Iorque, o segundo filho de Jorge V do Reino Unido e da rainha Maria. E como ela era neta de um monarca através de uma linhagem masculina, recebeu o tratamento de “Sua Alteza Real a princesa Margareth de York”.
Na época de seu nascimento, Margarida era a quarta na linha de sucessão ao trono britânico, atrás de seu tio Eduardo, Príncipe de Gales, seu pai, Alberto, Duque de Iorque, e sua irmã, Princesa Isabel de Iorque, os três viriam a se tornar monarcas.
Infancia de Margaret do Reino Unido
Quando ela nasceu a sua irmã Elizabeth já tinha 4 anos, e já era uma criança famosa todos queriam ver a pequena princesinha, como é normal ao nascer a sua irmã, temeram que ela pudesse ficar com ciúmes em ter que dividir as atenções, porem foi ao contrário ela gostou muito de ter uma irmãzinha, e o relacionamento e a vidas das duas seria notícias e foco de atenção durante mais de 7 décadas.
As irmãs sempre estavam juntas, e a infância foi passada principalmente na residência dos Iorque em 145 Picadilly em Londres e o Royal Longe em Windsor. O seu pai que foi um homem maltratado por uma babá quando era criança e que nunca recebeu muita atenção do seu distante pai, se empenhou em formar uma família unida, não comum na época tanto ele como a duquesa de Iorque eram muito ativos e presentes na vida das crianças, era uma família muito unida, Os Iorque eram vistos pelo público como a família ideal. Eram aquele tipo de pais que liam histórias para elas antes de dormir.
A princesa Margarida foi educada juntamente com a irmã, a princesa Isabel, pela governanta escocesa Marion Crawford. A educação de Margarida era supervisionada por sua mãe, e a sua única pretensão era educar as meninas para serem moças bem comportadas.
E apesar de uma diferença de 4 anos, as meninas eram amigas, sempre estavam juntas, dormiam juntas, e sempre iam vestidas iguais e tinham os mesmos interesses.
Além disso elas não podiam ser mais diferentes, Elizabeth era muito segura de si mesma, porem tímida e reservada, enquanto Margareth era muito extrovertida.
E ao não ser herdeiras diretas ao trono, elas tinham uma vida muito privilegiada por fazer parte da família real, porém sem grandes obrigações pré-estabelecidas, o que se esperava das 2, era no máximo que se casassem com os homens adequados e vivessem felizes criando as suas próprias famílias, e sempre apoiando a família real, num segundo plano.
Em 1936, o avô de Margareth, Jorge V, morreu quando ela tinha apenas cinco anos de idade, e seu tio Eduardo VIII do Reino Unido (antes o príncipe de Gales) subiu ao trono.
Menos de um ano depois, em 11 de dezembro de 1936, ele abdicou do trono para se casar com Wallis Simpson, uma americana divorciada duas vezes, que a Igreja da Inglaterra e o governo britânico não aceitavam como rainha. Com a abdicação do trono, seu pai foi obrigado a herdar a coroa, sendo coroado Jorge VI.
E aquela vida tranquila e despreocupada nunca mais seria a mesma, a abdicação do Rei Eduardo via, abalou a estrutura da família dos duques, eles não estavam preparados para isso, Eduardo o rei que Abdicou, foi preparado durante toda sua vida para ser rei, enquanto que Alberto que passou a ser Rei Jorge VI da noite pro dia, nunca teve não preparo, além disso, sofria de gagueira e acentuava ainda mais a sua timidez e desejo de levar uma vida mais discreta e tranquila junto a família, sem grandes pretensões.
Isso também afetou radicalmente a vida de Elizabeth e Margareth, que também passaram da noite pro dia para o primeiro e segundo posto na linha de sucessão ao trono.
A mudança foi estrondosa, impressionante, já que eles passavam de ser parentes de família real a ser a própria família real, se mudaram ao palácio Buckingham, o novo rei que antes passava muito tempo com as filhas, agora estava sempre estressado e ocupado, a sua esposa apoiou o marido e e imediatamente se preocuparam de dar uma nova educação a Elizabeth, Isso significava que nada seria igual a partir de agora, elas que sempre estavam juntas, tinham as mesmas roupas e interesses, foram obrigadas a se separar, no que diz respeito a tudo, porque a partir de agora elas já não seriam iguais, Elizabeth receberia outro tratamento, educação, sempre superior e mais importante que a sua irmã.
O primeiro sinal veio quando na coroação do pai, as duas levavam o mesmo vestido porem o da Elizabeth foi diferenciado com mais adornos e uma calda mais longa, Margareth de apenas seis anos, percebeu aquilo e perguntou porque o vestido da irmã tinha uma calda mais longa que o seu.
Agora elas começaram a se preparar para futuros bem diferentes, enquanto Elizabeth estudava sem descanso, Margareth que tinha muito talento para a música, tocava o piano em estudava francês em outro quarto.
Isso provocou que Margareth recebe uma educação muito mais limitada que a da sua irmã, se sentiu excluída, como que se tivesse menos importância agora, ela ficou ressentida com isso, e criticou duramente a sua mãe, por não haver lhe uma educação mais esmerada.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a princesa Margarida e sua irmã ficaram no Castelo de Balmoral na Escócia, onde permaneceram até o natal de 1939, passando noites tão frias que a água potável em jarras ao lado de sua cama congelava.
Depois se mudaram para o Castelo de Windsor, a uma hora de Londres, onde passaram grande parte do restante da guerra. Elas se entretinham fazendo peças de teatro, onde Margareth demonstrou um grande talento para artes cênicas.
O Rei Jorge VI descrevia Isabel como seu orgulho por seu grande senso dever e Margarida como sua alegria por sua felicidade e forma de encantar a todos.
Em fevereiro de 1947, ela, Isabel e seus pais embarcaram em uma viagem pela África Austral. A visita de três meses foi a primeira visita de Margarida ao exterior.
Ela foi dama de honra no casamento de Elizabeth em 20 de novembro de 1947. Nos três anos seguintes, Isabel teve dois filhos, Carlos e Ana, cujos nascimentos empurraram Margarida para mais longe na linha de sucessão.
Nos anos 50, a princesa Margareth era uma bela jovem de 20 anos, fumante compulsiva, começou a fumar aos 15 anos e muitos dizem que antes, fumava até 60 cigarros por dia, são celebres as suas fotos em que sempre aparecia com um cigarro na mão, adorava socializar com a alta sociedade e jovens aristocratas. Uma beleza célebre conhecida por seu glamour e senso de moda, a princesa era frequentemente fotografada pela imprensa em bailes, festas e boates com amigas que ficaram conhecidas como Margaret Set.
A imprensa a chamava de “a solteira mais cobiçada do mundo” e comentava sobre os seus supostos romances com vários homens, o futuro primeiro-ministro do Canadá John Turner. A família real já começava a se preocupar em casa-la com o partido mais adequado.
Em agosto de 1951 a princesa deu a sua festa de 21 anos em Balmoral, no mês seguinte, o rei Jorge Vi foi submetido a uma cirurgia de câncer de pulmão, e veio a falecer cinco meses depois, em 6 de fevereiro de 1952, e sua irmã tornou-se A Rainha Isabel II.
dia da coroação da sua irmã que aconteceu em 2 de junho de 1953, o mundo colocou os olhos na Abadia de Westminster em Londres. Ninguém queria perder a coroação da jovem rainha, porem ouve um gesto da princesa Margareth que foi captado pelas câmaras que ocupou a primeira página de várias revistas, tirando bastante protagonismo ao evento da coroação. Em algum momento a princesa Margareth passou mão na gola de um oficial ali presente para tirar um fiapo.
Este gesto, extremamente intimo por parte da princesa chamou a atenção de todos e disparou todos os alarmes,
O oficial era o piloto da Força Aerea Real, Peter Townsend, um herói de guerra, 16 anos mais velho do que ela, que havia sido palafreneiro do Rei Jorge sexto, que estava divorciado.
Eles tinham um romance secreto, muitos dizem que ele foi eu seu verdadeiro e único amor da princesa, e ele também estava apaixonado por ela, mas, o governo e a Igreja se opuseram ao relacionamento, Foi um assunto muito complicado para a sua irmã a rainha Elizabeth, cabeça da igreja, naturalmente ela queria a felicidade da irmã porem o problema era grande, já ela era rainha justamente porque o rei Edward VIII teve que abdicar para poder se casar com a sua amada Wallis Simpson que estava divorciada. Então princesa Margarita teve que escolher entre o seu amor ou seus privilégios, ela poderia se casar com o seu amado, porem somente no civil, e tinha mais, princesa Margareth teria que renunciar ao seu direito na linha de sucessão ao trono e a todos os privilégios reais, incluindo a renda que que recebia do Estado. Durante 3 anos, os amantes foram os protagonistas deste drama apaixonado, a imprensa divulgava cada passo do casal que cada vez, mas chamava a atenção do povo, e Margareth foi oficialmente o primeiro membro da família real a ser a assediado de forma massiva e intrusiva pela impressa.
Finalmente, em 1955, ela emitiu uma declaração ao mundo nos seguintes termos. Tomei a decisão de não me casar com o capitão Peter Townsend, ciente de que a Igreja ensina a indissolubilidade do casamento cristão. E com essas palavras ela colocou fim no que poderia ter sido um verdadeiro conto de fadas. Alguns jornalistas publicaram que ela amava mais os benefícios de ser princesa que ao próprio Townsend. Frustrado e abalado foi morar na Bélgica, e alguns anos mais tarde, mais tarde ele se casaria com uma jovem de 20 anos com quem teve dois filhos e foi extremamente feliz.
Nesse mesmo ano a princesa representou a família real nas cerimônias de independência das colônias britânicas da Commonwealth. Os maiores interesses de Margarida foram caridade, música e balé. Ela foi presidente da Sociedade Nacional e da Real Sociedade Escocesa para a Prevenção de Crueldade a Crianças. Foi comandante-chefe dos cadetes paramédicos e enfermeiros da brigada de St. John Ambulance, dentre outros cargos respeitáveis.
No dia em que recebeu uma carta de Townsend na qual ele dizia que pretendia casar-se com uma jovem belga, ela aceitou sua proposta de casamento de Antony Armstrong-Jones, que trabalhava como fotógrafo de alta aristocracia e também famosos. Ambos se conheceram no casamento de alguns amigos e se conectaram imediatamente. Sua completa falta de protocolo impressionou a princesa, embora ele não fosse de uma família aristocrata, sabia como se movimentar nesses círculos e não se deixava intimidar por títulos, seria a primeira vez em 400 anos de monarquia inglesa que um plebeu se casaria com uma princesa real. O casamento aconteceu em 6 de maio de 1960 na Abadia de Westminster, ela usava um vestido de seda assinado por Norman Hartnell O designer oficial da rainha e foi definido como o vestido de noiva real mais simples da história.
A cerimônia foi considerada o primeiro casamento real “moderno”, por ter sido transmitido pela televisão em todo o Reino Unido. Antony Armstrong-Jones recebeu o título de conde de Snowdon. E ela foi intitulada formalmente como “Sua Alteza Real a princesa Margareth, Condessa de Snowdon”.
Os condes de Snowdon tiveram dois filhos:
David Armstrong-Jones, 2.º Conde de Snowdon (antes intitulado como Visconde Linley).
Sarah Frances Elizabeth Armstrong-Jones (agora lady Sarah Chatto).
O seu casamento foi tão excessivo quanto escandaloso, e o problema era porque ambos, acostumados a monopolizar toda a atenção, queriam ser a estrela e o centro de todos os olhares. Havia uma forte competitividade entre eles, infidelidades e constantes discussões.
Na noite de 6 de julho de 1964 na apresentação do novo filme ‘The Beatles’, A Hard Day’s Night, que foi lançado para um público bastante seleto, sua Alteza Real, a princesa Margaret do Reino Unido, junto com o seu marido Antony Armstrong-Jones, participou do evento.
Bem, depois do filme, John, Paul, George e Ringo queriam jantar, já que estiveram ocupados o dia todo no evento. No entanto, isso não foi possível, pois seus convidados incluindo a princesa Margareth queriam cumprimenta-los.
Algum tempo depois, segundo declarações de Walter Shenson, o produtor do filme, George Harrison o abordou para perguntar quando eles iriam jantar. O produtor disse a ele que eles não poderiam comer nada até que a princesa fosse embora, devido ao protocolo real, que impedia os membros da família real de fazer uma refeição num evento como aquele e também que era rude e uma extrema falta de educação comer, se a princesa poderia fazê-lo.
George Harrison, não aguentou e se aproximou de Margaret, e disse o seguinte: “Sua Alteza, estamos morrendo de fome e Walter diz que não podemos jantar até que a senhora vá embora”.
Dizem que ela não se sentiu ofendida, apenas riu alto e imediatamente pegou seu marido pelo braço e disse: “Vamos Tony, estamos atrapalhando”. E deixaram o local para que a banda pudesse jantar.
Outro fato muito sonado da princesa com o mundo do show biz aponta que ela teve um caso com Mick Jagger, dizem que foram encontros muitos muito apaixonados onde sexo, drogas e rock in roll não faltaram, a rainha Elizabeth e Margareth discutiram ferozmente por causa desse tema. Em 1997, o primeiro-ministro da Inglaterra queria dar a Mick Jagger um título de cavaleiro, o que foi negado da forma contundente pela rainha Elizabeth. E não era porque ele era uma estrela de Rock Não, Elton John e Paul McCartney foram reconhecidos com esse mérito. O motivo seria porque Elizabeth detestava o cantor pelo caso secreto que ele teve com a sua irmã, a princesa.
A vida de Margareth foi fazia as delicias da imprensa rosa e dessa vez ela se apaixonou por Robin Douglas-home o sobrinho do primeiro-ministro. Um homem boêmio quem tocava piano em bares. Esse romance realmente incomodou o seu marido que ameaçou com o divórcio se ela continuasse, Margareth decidiu terminar o relacionamento e enviando uma carta ao amante, meses depois Robin se suicidou e isso voltou a levantar todo tipo de especulações em torno da vida da princesa.
Há rumores de que Margarida tenha se envolvido com o ator Peter Sellers e também que a princesa teve um caso de dois anos com Sharman Douglas, filho do embaixador americano no Palácio de St. James.
Nos anos 1970, ela teve um caso com Roddy Llewellyn, um homem 17 anos mais jovem que ela, quando os dois estavam sua casa na famosa ilha de Mustique, um fotógrafo os encontrou tomando sol, ele estava nu e ela de maiô. A foto foi publicada e Lord Snowdon não aguentou mais. E pediu o divórcio, e foi o secretário pessoal de Armstrong quem lhe comunicou ao que ela respondeu: Obrigado, Nariel. Acho que é a melhor notícia que você já me deu na vida. Respondeu ela. Em 1978 eles se divorciaram e ela nunca se casaria novamente, Margarita não se casou novamente, mas teve uma vida amorosa agitada.
Margareth também foi passando de princesa interessante que todos queria fotografar a mulher amargada e muito grosseira, travava mal algumas as pessoas. Em muitas ocasiões quando era convidada para um jantar chegava horas atrasada, enquanto todos a esperavam porque somente quando ela chegasse era quando o jantar poderia ser servido.
Famosa é frase que ela falou para o seu amigo e escritor Gore Vidal: “Era inevitável: ‘Quando há duas irmãs e uma é a Rainha que deve ser a fonte de honra e tudo o que é bom, então a outra deve ser o foco da malícia mais criativa, a irmã má.’ “.
Com o tempo sua vida amorosa e suas polemicas foram ficando em segundo plano, ja que a imprensa começou a interessar muito mais pela vida sentimental de seus sobrinhos Charles e Andrew. No início dos anos 90 deixou de fumar, porem a bebida continuou sendo sua mais intima companheira.
Em 1998, ela sofreu um ataque cardíaco na sua residência na ilha de Mustique, e nesse mesmo ano sofreu queimaduras graves no pé, o que afetou sua mobilidade. Em 2001, sofreu outro AVC que a deixou com metade do corpo paralisado e problemas de visão. A sua última aparição pública foi no aniversário de cem anos de sua tia, a Princesa Alice, Duquesa de Gloucester, em 25 de dezembro de 2001.
Margarida morreu no hospital em 9 de fevereiro de 2002, aos 71 anos, depois de sofrer um ataque cardíaco.
Seu funeral foi um evento particular em família, no dia em que se completou o aniversário de morte de cinquenta anos de seu pai, no qual a rainha-mãe foi vista publicamente pela última vez antes de sua morte, pouco tempo depois no dia 30 de março de 2002.
Margareth foi sem dúvida um dos membros mais rebeldes da monarquia inglesa recusando-se sempre a levar uma vida discreta e não permitindo que a irmã, a rainha Isabel II, lhe impusesse regras. Por isso, a convivência nunca foi fácil, embora nutrissem um grande amor uma pela outra.