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Quem era a irmã mais velha da Sissi?

Ela era filha do duque Maximiliano da Baviera com sua prima, a duquesa e princesa da Baviera Ludovica Guilhermina. Helena foi a terceira filha do casal, sua família carinhosamente a apelidou de Néné. Ela era mais conservadora e séria que o resto de seus irmãos, sendo considerada a mais bela da sua família. Também cresceu em contato com a natureza e pôde usufruir da liberdade que pouquíssimas mulheres de sua condição social poderiam. Ela foi muito amada por sua família e foi a mais velha das irmãs.

Maximiliano da Baviera e Ludovica Guilhermina
Maximiliano da Baviera e Ludovica Guilhermina

Helena da Baviera adorava seu pai ainda que ele fosse um homem ausente e distante. Ela também adorava a natureza e os animais. Sempre foi muito unida a sua irmã Elizabeth, portanto, costumavam fazer tudo juntas, realizavam longos passeios pelas florestas da região assim como excursões pelas montanhas. Além disso, ela também gostava de cavalgar.

Helena Carolina e sua irmã Sissi
Helena Carolina (à esquerda) com sua irmã Sissi

Helena da Baviera

Ao longo de sua infäncia, Helena se tornou uma menina séria e muito tímida, dizem que ela era muito atraente e caridosa. Gostava de colaborar em hospitais, mas devido a sua personalidade ela estava sempre na sombra de sua irmã Elizabeth, também chamada pela família de Sissi.

Helena crescia e se tornava uma bela mulher, sua tia, a arquiduquesa Sofia começou a procurar uma noiva para seu filho, o imperador Francisco José Primeiro da Áustria.

A esposa imperial perfeita

Para sua tia ela era a mulher ideal para ser imperatriz, embora ela reclamasse da formação de Helena, pois, nunca concordou com a educação que sua irmã Ludovica e seu cunhado deram aos filhos. Mesmo assim, sua mãe lhe deu a melhor formação que ela poderia prover, Helena aprendeu francês e os protocolos da realeza, antes de os dois jovens ficarem noivos.

Helena gostou muito da ideia do casamento e se sentia pronta para o papel de Imperatriz da Áustria.

Vida Adulta

Em 1853, eles se reuniram na cidade de Bad Ischl, local onde a família real costumava passar os verões. Helena da Baviera compareceu à reunião com sua mãe e sua irmã mais nova, Sissi.

Ela tentou chamar a atenção do primo e agradá-lo, mas sua timidez fez com que ele não a notasse, pelo contrário, desde o início, ele notou Elizabeth, por quem se apaixonou perdidamente durante aquela visita. Helena ficou em segundo plano, o primo não se sentava ao lado dela durante o jantar, nem a levava para dançar. Ele estava observando Elizabeth o tempo todo.

Sofia percebeu imediatamente os interesses românticos do filho e isso a desagradou muito, afinal ela preferia Helena que era mais formal e séria. Tentou convencer o filho a reconsiderar a sua decisão, mas não tinha como, no dia seguinte Francisco pediu a mão de Elizabeth. Decepcionada e se sentindo rejeitada, Helena mergulhou em uma tristeza profunda, seu pensamento era de que ela ficaria solteira pelo resto de sua vida já que naquela época os casamentos eram arranjados logo no início da vida adulta.

Medo de Ficar “Solteirona”

Durante anos, Helena sofreu muito com o estigma de estar solteira numa idade que para a época era praticamente obrigação estar casada. Diziam que ela já não tinha chances de se casar e até ela mesma acreditava nisso.

Sua mãe, a duquesa Ludovica da Baviera, queria por todos os meios possíveis casar sua filha mais velha. Mesmo que ela tivesse apenas 22 anos, era considerada uma “solteirona” na época. Então sua mãe procurou um marido para ela.

Depois de muita procura por um bom pretendente ela encontrou o príncipe alemão Maximiliano de Thurn e Taxis. A Duquesa o convidou para passar alguns dias no Castelo de Possenhofen e preparou tudo para que o príncipe e Helena se conhecessem.

Maximiliano de Thurn e Taxis
Maximiliano de Thurn e Taxis

Encontrando o seu grande amor

O primeiro encontro entre os jovens foi um grande sucesso, eles se deram muito bem e o príncipe gostou dela. Rapidamente sua mãe começou a organizar para que a união dos dois acontecesse.

Mas este compromisso não agradou ao tio de Helena, Rei Maximiliano Segundo da Baviera. Ele considerava que o príncipe não era o homem ideal para sua sobrinha, pois, não eram governantes de nenhum território. Mas sua irmã Sissi, já era a Imperatriz Consorte da Áustria, a ajudou, apoiou o compromisso de Helena, convencendo o rei. Tudo isso melhorou muito o relacionamento entre elas.

Casamento e Vida Conjugal

Em 24 de agosto de 1858, o casamento entre Helena e Maximiliano foi celebrado no Castelo de Possenhofen, ela tinha 24 anos e ele 26. Antes da festa Helena recebeu um colar caríssimo dos sogros em sinal de afeto e aceitação na família.

Dizem que o casamento foi um acontecimento muito feliz, a festa foi maravilhosa e o casal parecia muito apaixonado. Muitos acham que se comparar seu casamento com o de suas irmãs, ela foi quem teve o casamento mais feliz desde o primeiro momento. Ela foi bem-aceita pela família do esposo, e viveram uma feliz vida de casado. Eles se amavam, se apoiavam e tinham uma união muito sólida.

A chegada dos filhos

Durante sua lua de mel, ela engravidaria, esta notícia foi uma grande alegria para ambas as famílias, principalmente para o casal.

Helena que se sentia muito amada e feliz, trocava muitas cartas com sua irmã Elizabeth, que ao contrário, sentia-se triste e desesperada, principalmente por causa da péssima relação com a sogra e a tia Sofia.

Querida, tentou ajudar e apoiar sua irmã Elizabeth elas realmente tiveram um relacionamento excelente e se amavam muito.

Sua filha Ludovica nasceu em 1859, seguida por uma segunda filha, Elizabeth de Thurn e Taxis, em 1860. Logo após o nascimento desta, Helena viajou para Corfu para visitar sua irmã “Sissi”, que estava muito doente.

Helena Carolina da Baviera e Maximiliano com suas filhas
Helena Carolina da Baviera e Maximiliano com suas filhas

Quando retornou, ela passou por Viena, onde relatou a Francisco José I sobre o mal estado de sua esposa. O desejado filho varão, Maximiliano Maria, nasceu em 1862 e, em 1867, nasceria seu último filho, Alberto.

A perda do marido

Quando Helena está grávida de seu último filho, seu marido começou a ter problemas renais, muitos médicos iam visitá-los, mas nenhum deles conseguiu curar sua doença. Isso preocupou muito Helena, que viu a saúde de seu marido se deteriorando e parecia que ninguém poderia ajudá-lo, morreu em 1867 aos 36 anos de idade.

A morte do marido a encheu de pesar e tristeza, já que Helena estava muito apaixonada pelo marido, segundo dizem, ficou totalmente arrasada por algumas semanas, parecia que ela havia perdido a sanidade.

Aos poucos foi assimilando a morte do marido, mas nunca se recuperaria totalmente, Helena tentou se distrair com trabalhos de caridade e participar dos esforços da família Thurn e Taxis, passava grande parte do tempo cuidando de seus filhos pequenos e colaborando com seus sogros para os interesses da família.

Em 1877, Elizabeth, sua filha mais nova, casou-se com o Príncipe Miguel II de Bragança. Sua saúde foi afetada pelo nascimento de seu primeiro filho e ela apenas piorou ao longo do tempo, e Isabel morreu em 1881.

Elizabeth e o príncipe Miguel II
Elizabeth e o príncipe Miguel II

Mais uma vez, Helena entrou em uma grande depressão e profunda tristeza da qual não conseguia sair.

Últimos anos e Morte

E em 2 de junho de 1885 faleceu seu filho Maximiliano Maria aos 22 anos com problemas cardíacos, esta morte foi um golpe definitivo no psicológico de Helena, ela se entregou completamente a loucura, dizem que às vezes ela estava lúcida, mas em muitas outras ocasiões ela se mostrou como uma mulher errática que não era capaz de assumir a morte de seus filhos se comportando como se ainda estivessem vivos, por outro lado, em outros momentos ela mergulhava numa profunda tristeza quando ela se lembrava de suas mortes.

Maximiliano Maria
Maximiliano Maria

Assim que viu que seu filho Alberto cumpria perfeitamente sua posição de príncipe, então resolveu se trancar em um quarto para viver em completa solidão. Queria se isolar para ironicamente ser livre em sua própria loucura, ela também se entregou à religião e à caridade.

Helena desenvolveu câncer de estômago e assim que sua irmã soube, se reuniram, conversaram sobre suas vidas, as partes boas e ruins.

Helena ficou muito feliz quando seu filho Alberto ficou noivo da arquiduquesa Margarita Clementina da Áustria. A sua saúde já estava muito prejudicada naquela época, ela mal conseguia comer e quando seu fim estava muito próximo ela recebeu a visita de seus parentes e Elizabeth sempre ficou ao seu lado. Ela morreu em maio de 1890 aos 56 anos, abrigada por sua família e sua irmã, que nunca saiu de seu lado durante a doença.

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